[RESENHA] FLORES PARTIDAS, de Karin Slaughter


"FLORES PARTIDAS", de Karin Slaughter

HarperCollins, 398 p.
Leitura: de 03/02/2019 a 10/02/2019

A trama narra os conflitos de duas irmãs, Claire e Lydia, em torno da acusação da última de que o então namorado de Claire, Paul (atual marido), tentou estuprá-la há 18 anos (motivo pelo qual ambas não se falavam) e do desaparecimento de sua irmã, Julia, sem deixar pistas.

Houve investigações policiais, o pai delas se empenhou em buscar respostas, tornou-se "incômodo" aos policiais, divorciou-se da esposa e mantinha pouco contato com as filhas. Por fim, a polícia se desinteressou do caso de Julia, que se tornou um "cold case".

Paul é retratado como o marido perfeito, sem deixar qualquer margem de credibilidade para a acusação de Lydia, que em decorrência de tudo, jogou-se com fé e vontade nas drogas. Ou seja: ela não era alguém a se levar a sério, ainda mais em uma acusação de estupro.

Mas não para por aí: Paul é brutalmente assassinado quando voltava de um jantar com Claire e esta, ao remexer em seu computador, descobre imagens, fotos e vídeos de mulheres sendo torturadas, algumas antigas e outras mais recentes, o que a perturba.

Uma consequência do homicídio é a reaproximação das irmãs e o compartilhamento por Claire da descoberta com Lydia, induzindo ambas a uma investigação do que realmente estava ali. Obviamente que o sumiço de Julia reaparece como um possível crime de Paul.

O grande arco da estória é saber (1) se Paul era um "voyeur" degenerado, ou (2) o sádico mascarado que aparece nos vídeos ou (3) cúmplice do assassino ou (4) alguém que está fazendo pesquisas por conta acerca dos crimes e, claro, (5) o que aconteceu com Julia.

As descrições são bastante realistas e violentas, sem floreios ou eufemismos, o que torna a narrativa bastante cativante e com fluidez. Há um "plot-twist" antes do final e que o torna previsível (mas não muito), contudo até essa grande virada, é improvável adivinhar o que se passa de fato e como isso terminará.

Leitura mais que recomendada.

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