[RESENHA] Fahrenheit 451

Fahrenheit 451, de Ray Bradbury

publicada no instagram em 19/06/2019
Leitura iniciada em 18/08/2018 e finalizada em 22/11/2018.



E finalmente consegui ler o clássico Fahrenheit 451, do grande Ray Bradbury. Com um começo assim já é de se esperar que eu tenha gostado da obra.

De fato, o autor descreve uma realidade distópica bastante interessante na qual os livros são os grandes vilões da humanidade por permitirem o conhecimento das mazelas da vida, dos problemas que nos cercam, visto que a sociedade tinha se transmutado em uma eterna busca por prazer, entretenimento e distrações. Era algo como se deixar de falar de coisas ruins, elas somem pouco a pouco. Nada mais original, não?

Mas mais do que isso, o Governo procurava fornecer aos cidadãos um tipo de entretenimento de baixa necessidade intelectual, mas que tinha o potencial de cativar, como as tele-telas mostrando o cotidiano de determinadas famílias, algo ao estilo do já maior de idade "BBB", "A fazenda" e outros do gênero, os quais, embora não acrescentem nada ao intelecto, distraem e impedem que a mente seja abastecida com informações críticas.

As tele-telas eram tanto dispositivos de entrega de conteúdo, como de espionagem, pois a qualquer momento que um indivíduo saísse dos rumos, alguém se comunicava por meio delas com este tal e exigia que ele se comportasse ou emitia ordens.

E como em toda sociedade distópica sempre aparece um que discorda, aqui não é diferente. O protagonista insiste em querer adquirir e ler livros sob aquele regime totalitário, o que antecipa que o colocará em sérios problemas caso seja descoberto.

O fato principal é que ele era um "bombeiro", mas não do tipo usual que conhecemos. A sociedade era extremamente avançada em termos de tecnologia e as residências não pegavam mais fogo em razão dos materiais usados, assim os bombeiros se tornaram os executores das reprimendas ideológicas, função essa que exerciam usando lança-chamas para queimar livros onde fossem encontrados, os quais eram farejados pelos Sabujos (cães robôs programados para tal tarefa). Os bombeiros poderiam incinerar todo um ambiente, pois somente os livros e móveis pegariam fogo, ficando a estrutura intacta.

O que fez o protagonista começar a pensar foi uma mulher, num de seus chamados, preferir morrer a ter que abrir mão dos conhecimentos que teve com os livros que guardava clandestinamente. Depois disso ele se rebela, há muita perseguição e um final excepcional.


CONCLUSÃO


Recomendo muito a leitura para prevenir eventuais tomadas de decisão política que reprimam a livre aquisição de conhecimento e a discussão acerca disso.

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