[RESENHA] O MORTO AO TELEFONE

Por

"O morto ao telefone", de John Le Carré

Editora Estadão, Coleção "Supertítulos, 135 p.

Prazo de leitura: de 26/01/2019 a 31/01/2019


Nesta obra é apresentado George Smiley, espião do Circus, que se depara com o suicídio de Samuel Fennan, então funcionário do Ministério do Exterior, após uma verificação de segurança que descobre vazamentos de informações sigilosas para a Alemanha Oriental.


O que causa estranheza a Smiley é que embora tudo leve a crer que Fennan seja o agente duplo, aparecem algumas inconsistências no suicídio, como os horários de telefonemas feitos pelo morto, o recebimento de uma carta remetida pelo morto a Smiley e cujo conteúdo destoa de alguém que cometerá suicídio e o fato de um espião alemão estar perambulando por Londres na mesma época... espião este que fora agente duplo antes e aluno do próprio Smiley.

Então as grandes questões são: (1) foi suicídio mesmo?, (2) alguém poderia ter matado Fennan e simulado suicídio?, (3) é coincidência o espião alemão estar em Londres na mesma época? (4) se Fennan era o agente duplo, sua morte/suicídio pode ter sido uma queima de arquivo?

Novamente, como em todos os livros de Le Carré, é necessário prestar muita atenção aos diálogos e às entrelinhas, bem como aquilo que não é dito claramente, mas fica subentendido. O autor esbanja da técnica de supor que o leitor consegue captar as finas tramas e nuanças daquilo que está sendo construído diante de si.

Leitura mais que recomendada!!


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